Roberto Gurgel, procurador-geral da República, negou por meio de uma nota emitida nesta quarta-feira (9), que tenha decidido investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após uma acusação feita por Marcos Valério, operador do esquema do mensalão. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.
"A Secretaria de Comunicação do Ministério Público Federal informa que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ainda não iniciou a análise do depoimento de Marcos Valério, pois aguardava o término do julgamento da AP 470 (mensalão). Esclarece ainda que somente após a análise poderá informar o que será feito com o material. Portanto, não há qualquer decisão em relação a uma possível investigação do caso", diz o Ministério Público Federal.
Nesta última terça-feira, Gurgel afirmou que deverá mandar à primeira instância as declarações de Valério de Souza, onde é dito que recursos do escândalo foram usados para pagar despesas pessoais de Lula. O petista não possui mais foro privilegiado, que limita investigações e processos jurídicos contra autoridades.
Sendo assim, a provável investigação dos documentos de Lula será definida pelos procuradores que trabalham na primeira instância da Justiça. Caso não encontrem indícios contra o ex-presidente, o caso será arquivado. Segundo duas procuradoras da República que tomaram o depoimento de Valério, e também de Gurgel, não há nenhum indício importante para dar início à uma investigação mais aprofundada.
O fato mais relevante foi de que recursos provenientes do Banco Rural foram utilizados não apenas durante o esquema do mensalão, como também para pagar despesas pessoais do petista. Em suas poucas declarações após a acusação, Lula deixa claro que os fatos expostos por Valério são completamente duvidosos e mentirosos.
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