Notícia ruim, mensageiro morto: "
E finalmente chegou o dia em que o poste não apenas mijou no cachorro como conseguiu enxotá-lo para sempre da vizinhança. A demissão de Dorival Júnior pelo Santos, devido à sua RUSGA com aquele IMBERBE atrevido com pós-doutorado em BALACA, foi justificada por uma suposta insubordinação do técnico, mas a situação é bem mais CAVERNOSA. Ao preferir seu robozinho de gola levantada, a diretoria AVALIZA qualquer desrespeito de qualquer SACO PELADO para com aquele que deve primordialmente ter o comando do vestiário.
Há semanas, QUIÇÁ meses, o treinador, fulgurante campeão estadual e da Copa do Brasil, já havia sido DESAFIADO por outro rebento da prole santista. Paulo Henrique se meteu de pato a ganso e, ao perceber que seria substituído, colocou o dedinho em movimento de para-brisa e se recusou a deixar a cancha. Dorival engoliu em seco e AQUIESCEU. A imprensa e as estrelas de Hollywood fizeram CLAP, CLAP, CLAP, afirmando que Ganso havia mostrado personalidade, que ficara em campo para ajudar o time e que é de homens assim que o Brasil precisa.
Mas Dorival SEMICERROU os olhos e guardou no fundo da alma aquela DESFEITA, trabalhando com afinco em suas entranhas para que o desconforto se transformasse em rancor profundo. E então veio a chance da DESFORRA, quando Neymar, que nunca aprendeu a chutar uma bola na vida mas surfava no ESPÚRIO recurso da paradinha, foi desbancado em sua posição de cobrador de pênaltis. Durou umas poucas partidas para que, qual um MENINO sem o vídeo game, se revoltasse. O chilique público no jogo contra o Atlético-WENT era a oportunidade que Dorival precisava para fazer valer sua autoridade forjada em semanas de MÁGOA profunda.
O treinador decidiu afastá-lo, primeiramente com o consentimento da diretoria, por um jogo. Mas os dirigentes santistas permitiram essa aparente AFRONTA àquilo que se condicionou chamar de futebol MULEQUE como quem diz: “Tá, Dorival, pode fingir que é tu quem manda”. Quando Dorival gostou da sensação de PODER e resolveu estender a punição, os diretores santistas puxaram o freio e, temerosos de que seu pseudo-craque se desvalorizasse rapidamente perante os olhos estrangeiros, mandaram o guardião da casamata dormir o sono da bruxa.
Muito mais do que uma atitude deplorável, a postura santista reflete o problema do PATERNALISMO incondicional que está presente nos clubes brasileiros. Para não perder seus jogadores para o exterior antes que deixem a LANCHEIRA, são obrigados a paparicá-los de forma constrangedora. No caso do que aconteceu na Vila Belmiro, parece ser ainda mais grave. Não possuem mais qualquer controle sobre esse SACRIPANTA e não admitem que alguém tente endireitá-lo. Pelo menos resta o consolo de que em algum lugar certamente um camisa 5 convicto está guardando muito ódio e direcionando-o aos cambitos certos.
Saudações,
Douglas Ceconello.
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